Equinocultura: formas perfeitas de um cavalo de sela Equinocultura: formas perfeitas de um cavalo de sela Crédito: Pec Press® - Imprensa Agropecuária
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Equinocultura: formas perfeitas de um cavalo de sela

Tema foi amplamente abordado durante a 6ª Convenção Nacional do Cavalo Campolina, em Tiradentes (MG)

 

A Convenção Nacional do Cavalo Campolina, realizada nos dias 21 e 22 de junho, em Tiradentes (MG), contou com discussões importantes sobre cavalos de sela.

 

 

Uma, em especial, foi sobre morfologia funcional, tema amplamente abordado por José Renato da Costa Caiado, doutor em Produção Animal pela UENF e árbitro respeitado na equinocultura. "Quando avaliamos um cavalo, não podemos atentar apenas ao que agrada aos olhos.

Temos que observar seu conjunto zootécnico, ou seja, tudo aquilo que precisa na hora da equitação", disse logo na abertura de sua apresentação.

Segundo ele, o primeiro ponto é verificar o binômio proporção/equilíbrio. Exemplificando, de lado, o cavalo deve estar bem enquadrado, ou seja, a altura de cernelha deve ser proporcional à altura de garupa e ao comprimento corpóreo. "Também deve ter profundidade torácica equivalente ao vazio subexternal,  linha do dorso lombo proporcional à garupa, membros bem aprumados, pescoço oblíquo e nuca flexionada num ângulo aproximado de  90°", explicou.

Um cavalo equilibrado é aquele cujo o centro de gravidade encontra-se no meio do costado, logo atrás da cernelha. Uma leve diferença entre suas proporções, angulações e aprumos podem alterar o centro de gravidade, causando desequilíbrio e impossibilitando-o de executar corretamente suas funções de sela.

Falando ainda no assunto, deu ênfase à cabeça, que deve ser proporcional entre comprimento, largura e profundidade, expressando nobreza. "A largura sempre deve ter aproximadamente 1/3 de seu comprimento.

Outro ponto é a altura da cernelha , que deve ser duas vezes e meia o tamanho da cabeça. A altura da garupa deve seguir a mesma linha, da mesma forma que o comprimento corpóreo.  Já a  linha dorso lombo deve ser equivalente a 5/6 do tamanho da cabeça. Um cavalo não deve ser muito perto do chão, como em cavalos de tração, e nem muito longe, como em raças pernaltas usadas em competições de salto ou velocidade.

Uma última ponderação foi em relação a ligação dos membros ao corpo. De acordo com o especialista, é comum ver cavalos com tórax muito volumoso e membros anteriores e posteriores que sequer conseguem se sustentar. O conjunto deve vir acompanhado de boa ossatura, ter espádua, braço e antebraço longos e fortes e uma canela mais curta. "inclusive joelho e jarrete que não devem ser muito altos. Caso contrário, é como se o animal estivesse de salto alto, desequilibrando todo conjunto", afirmou.

Equilíbrio - Como foi visto na convenção, o centro de gravidade de um cavalo está diretamente relacionado aos aprumos, angulações e proporções. No entanto, o treinamento e a colocação correta da sela também são determinantes. O peso do cavaleiro deve ser distribuído pelo cavalo em seu centro de gravidade. "Quando um animal assume posição de equitação seu organismo se transforma. A base do pescoço e cernelha elevam-se, a nuca flexiona, o quadril abaixa e o posterior engaja. Tudo isso sem que se perca o centro de equilíbrio", explicou.

Quase no final, José Renato ainda deixou dicas importantes aos campolinistas em relação à cabeça, que deve o mais proporcional possível, com fronte ampla e olhos bem afastados; à região massetérica, onde estão os músculos responsáveis pela mastigação; e cuidados no perfil do chanfro, evitando exagero na convexidade, que pode diminuir a passagem de ar e, consequentemente, prejudicar a respiração.

 

Fonte: Pec Press® - Imprensa Agropecuária

 

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